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Foto do escritorAna Beatriz Araújo Cerqueira

Criatividade & a coragem necessária




Ter uma rotina de trabalho que exige criatividade é um desafio por si só. Ter um trabalho que envolve inspirar outras pessoas a pensarem de forma criativa é outro desafio, ainda maior. E, de uma forma ou de outra, ensinando ou criando, a pergunta se repete: como ser criativo? Criatividade envolve coragem e coragem envolve emancipação. É preciso uma boa dose de fé em um outro mundo, de desapego de si mesmo, das próprias ideias e dos próprios fluxos. Muita abertura. Muito diálogo. Vez em quando, uma dose de rotina. De leituras pontuadas. De pesquisas delongadas. A gente constrói, sobretudo, a partir de referências. Referência é pesquisa, estudo e também abertura. Referência pra design não é só pictográfica. É também palavra, gente, encontro, troca, viagem. Relação. E isso não é sobre sair de casa. É sobre sair de si. A criatividade é o olhar curioso, atento, sóbrio, que indaga o mundo e retira dele fragmentos de historicidade. Isso exige coragem. Saber de onde vêm as coisas nos faz, quase sempre, chegar a melhores perguntas. Ou, pelo menos, a outras perguntas. E tantas vezes isso já é o bastante. Ser criativo é se posicionar de maneira criadora diante do mundo. Se colocar como ator. E isso que é o difícil. Porque a gente só faz isso quando sente confiança. No outro. Na gente. No futuro. Também nas ferramentas. Nos métodos. Naquilo que conseguimos alcançar. É, também, postura de embate. Não fui eu quem disse que o design é sempre contra o status quo. Foi o Tim Brown, o mestre do design thinking. E é óbvia a tensão que vem a partir disso, o medo que isso causa em tanta gente. Porque o design é, acima de tudo, sobre ver outras possibilidades para o mundo. É sobre se deparar com outras utopias. Como é o mundo que você sonha? Qual papel o direito representa nisso? Legal design pra mim é sobre isso. 🌸



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