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Direito é sobre gente. Human-centered ou não.

  • Foto do escritor: Ana Beatriz Araújo Cerqueira
    Ana Beatriz Araújo Cerqueira
  • 9 de fev. de 2022
  • 2 min de leitura

Esse blog tem sobrevivido de desabafos. De breves momentos de imersão no meio da vida intensa de todo mundo que se propõe à prática jurídica. Mas eu prometo - por mim - voltar à constância. A transcrever mais desabafos.


Mas é que eu resolvi escrever em plena terça-feira porque essa frase não me sai da cabeça. Essa sobre direito ser sobre gente. Human-centered ou não.


Do advogado de startups com escritório digital ao advogado cringe ali na porta da Justiça do Trabalho ou do lado do INSS. Daqueles que manejam o neo-vocabulário que no fundo quer falar sobre humanização aos que nunca tiveram contato com toda essa parafernália. O que unifica isso tudo é esse fato simples: ser sobre gente. De sempre, no fundo, tratar de um problema humano, com muitas ou poucas enervações. Maiores ou menores consequências. Falando de patrimônio ou saúde.


É engraçado pensar nisso, mas outro dia fazendo no escritório uma pesquisa sobre societário, sobre uma disputa de liquidação de quotas de uma sociedade limitada: 'inda era sobre gente. Sobre problemas humanos. Desentendimentos, desencontros. Outra vez, uma audiência de uma consignação trabalhista, pura discussão de papeis, coisa da mais bruta, mas 'inda assim expostas fragilidades humanas. Uma mãe curatelada, um cara jovem que morreu de Covid. Mesmo no massivo do massivo, ainda nomes, CPF's e toda essa coisa de humanos.


Na prática eu tenho visto que uma proposta de legal design deve ser, sobretudo, uma proposta de revisitar o direito de uma perspectiva comunicativa, tirando o jurisdicionado (o povão, na melhor tradução) de uma posição de absoluta alienação e trazendo reluzente o conceito de parte. Seja através de wayfinders no melhor vocabulário Haganiano ou, que seja, de uma mensagem de e-mail que saiba dizer à parte que agravar é "tipo recorrer" (beijo, A.!).


Vender legal design como uma nova forma de fazer direito e fazer um novo caldeirãozinho de expressões não-mais-latinas-mas-agora-anglo-americanas é tirar a possibilidade dele chegar aí, onde importa: nas gentes. De alcançar o cerne da questão, que cada vez mais me convenço: é muito pouco sobre Canva e muito mais uma questão de base jurídica, de visão de direito e de sociedade.


É assim que eu repito, com muito orgulho da minha inocente pretensiosidade, a bio do Instagram do Legal Design Movement: eu quero transformar o legal design em uma ferramenta acessível, em uma questão de cultura para a cidadania.


É pra todo mundo.


É uma questão de justiça.

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Ana Beatriz

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PERGUNTAS FREQUENTES

Fundamentos do Visual Law e Legal Design

  1. O que é Legal Design e Visual Law?
    Legal Design e Visual Law são metodologias que unem Direito, design e tecnologia para criar documentos jurídicos mais claros, visuais e acessíveis.

  2. Qual a diferença entre Legal Design e Visual Law?
    Enquanto o Legal Design foca na experiência do usuário ao interagir com soluções jurídicas, o Visual Law aplica elementos visuais para tornar documentos legais mais atraentes e compreensíveis.

  3. Como o Visual Law é aplicado em petições?
    No Visual Law, petições incluem gráficos, fluxogramas e elementos visuais que explicam argumentos de forma clara e estratégica, melhorando a comunicação com juízes e partes envolvidas. Você pode encontrar templates prontos no Legal Design Movement.

  4. Quais são os exemplos de Visual Law na prática?
    Contratos com ícones explicativos, petições com infográficos, manuais jurídicos interativos e apresentações visuais de cláusulas contratuais. Baixe modelos gratuitos no Legal Design Movement.

  5. Documentos em Visual Law são aceitos pelos tribunais?
    Sim, respeitendo os requisitos formais exigidos pelo tribunal e melhorem a comunicação do caso.

Ferramentas e Recursos para Visual Law

  1. Como criar petições em Visual Law no Word?
    Você pode usar ferramentas do Word, como gráficos, SmartArt e tabelas, para estruturar informações visuais. No Legal Design Movement, você encontra templates prontos para Word que facilitam o processo.

  2. Existe um kit ou pacote de Visual Law para iniciantes?
    Sim, no Legal Design Movement, oferecemos um conjunto completo de templates gratuitos em Word, Canva e PowerPoint.

  3. Quais são as melhores ferramentas para Visual Law?
    Além do Word, ferramentas como Canva, Figma e Adobe Illustrator são populares. No Legal Design Movement, há materiais gratuitos para iniciar o aprendizado.

  4. Como o Canva pode ser usado no Legal Design?
    O Canva é ideal para criar documentos visuais com facilidade. No Legal Design Movement, você pode baixar templates personalizáveis para começar.

  5. Posso criar documentos jurídicos visuais sem conhecimentos de design?
    Com ferramentas amigáveis e templates prontos disponíveis no Legal Design Movement, é possível criar documentos visuais eficazes, mesmo sem experiência.

Educação e Cursos

  1. Onde encontrar cursos de Legal Design e Visual Law?
    Além de instituições como Bits Academy e Future Law, o Legal Design Movement oferece recursos e materiais introdutórios.

  2. Existe algum curso gratuito de Legal Design?
    Sim, o Legal Design Movement oferece conteúdo gratuito, incluindo templates e guias práticos.

  3. Curso de Legal Design vale a pena?
    Sim, alguns cursos ensinam habilidades práticas que ajudam a melhorar a comunicação jurídica e aumentar a eficiência.

  4. Quais são os melhores cursos online de Visual Law?
    Future Law e Bits Academy são referências. No Legal Design Movement, você encontra materiais que complementam o aprendizado. Outros blogs, como Bernardo Azevedo são boas fontes de atualização.

  5. É possível aprender Legal Design sozinho?
    Sim, com recursos online, vídeos no YouTube e o suporte do Legal Design Movement, é possível começar a explorar o tema.

Casos e Aplicações Práticas

  1. Como o CNJ utiliza Visual Law em processos?
    O CNJ aplica Visual Law para simplificar dados estatísticos, apresentar relatórios e melhorar a transparência na comunicação com a sociedade.

  2. O Visual Law pode ser usado em processos administrativos?
    Sim, é amplamente utilizado por órgãos como a AGU para criar documentos acessíveis e claros.

  3. Quais são os principais documentos criados com Visual Law?
    Petições, contratos, manuais de compliance e relatórios jurídicos estão entre os documentos mais comuns. Veja exemplos no Legal Design Movement.

  4. Como o Visual Law ajuda advogados?
    O Visual Law melhora a comunicação, economiza tempo e torna documentos mais persuasivos e impactantes.

Inovação no Direito

  1. O que significa Visual Law?
    Visual Law é a aplicação de elementos visuais no Direito para tornar informações legais mais acessíveis e fáceis de entender.

  2. Por que Legal Design está em alta?
    Com a digitalização e o foco no usuário, o Legal Design se tornou uma ferramenta essencial para inovar e melhorar a eficiência no Direito.

  3. Como o Design Thinking é aplicado no contexto jurídico?
    O Design Thinking ajuda a criar soluções centradas no cliente, como contratos claros e processos simplificados.

  4. Quais são os desafios de implementar Visual Law?
    Os desafios incluem resistências culturais no setor jurídico, a necessidade de aprendizado de ferramentas e a adequação às normas formais.

  5. O Visual Law pode transformar o futuro do Direito?
    Sim, ele tem potencial para democratizar o acesso à justiça, melhorar a eficiência e aproximar os profissionais do Direito das necessidades da sociedade.

© 2021 por Ana Beatriz Cerqueira. Uberlândia/MG. 

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