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Nossos sonhos adoecem? E qual o antídoto?

  • Foto do escritor: Ana Beatriz Araújo Cerqueira
    Ana Beatriz Araújo Cerqueira
  • 14 de out. de 2024
  • 3 min de leitura

O Legal Design Movement também é sobre mim.


Estive pensando sobre isso enquanto meus olhos ardem.

Quando falamos de empatia, essa empatia também precisa nos abarcar, nos abraçar. Também precisa respeitar nossos limites, espaços. Também precisa alcançar nossas motivações, medos.


Eu também quero um mundo jurídico diferente, por mim. Talvez, sobretudo: por mim.



Para que eu também possa sonhar no direito, naquilo que me propus e me considero boa fazendo. Para que eu também tenha orgulho, mistério, voragem, anseio por aquilo que faço. Para que eu também me sinta importante. Para que eu também não me sinta objeto de um mundo que quer se apoderar dos meus saberes sem reconhecer meus méritos e habilidades.


Para que eu também não me torne um singelo gerador de prompts sem fundamentos que me permitam ter mais tempo para fiscalizar e-mails alheios e conspirar ideias de exclusão.


Para que eu também não seja mais um ser ferido, desumanizado, sem voz, barato e descartável, preso em rotinas que consomem nossas essências, famílias, hobbies.


O Legal Design precisa se estender para nós.


Para que sejamos reconhecidos não apenas pelos prazos cumpridos ou pelas metas batidas, mas pela nossa capacidade de inovar, de humanizar o que fazemos, de encontrar soluções que transformam.


Para que sejamos mais que peças na engrenagem: criativos, sonhadores, pessoas que estão contribuindo com algo maior do que resultados técnicos.


Para que o direito que praticamos seja uma extensão de quem somos, dos valores que carregamos e dos sonhos que temos.


O Legal Design Movement também é sobre nós, aqueles que estão nos bastidores, lidando com as pressões invisíveis, com o desgaste emocional, com a desvalorização de nosso trabalho e, muitas vezes, de nossa humanidade.


Nós que ansiamos por um mundo onde não precisemos escolher entre ser eficientes e ser humanos. Onde possamos ser escutados, onde a empatia não seja apenas uma tela amarela em setembro, mas uma prática que inclui a todos, especialmente aqueles que constroem o sistema todos os dias.


Eu preciso do Legal Design para que eu também possa respirar e ansiar pelo meu futuro.


Quando falamos de empatia no Direito, muitas vezes focamos no outro: no cliente, no destinatário da decisão, no público que precisa entender o processo. Mas essa empatia também precisa ser voltada para quem cria as soluções jurídicas, quem lida diariamente com o peso das normas, prazos e dilemas éticos.


O movimento do Legal Design não é apenas uma reestruturação de linguagem ou estética, mas uma reestruturação de valores, de experiências que incluem todos os profissionais da área. Para que advogados, juízes, promotores e todos os atores jurídicos possam se sentir acolhidos, reconhecidos e valorizados em sua jornada.


O sonho de um mundo jurídico diferente é um desejo profundo de transformação não só do sistema, mas de nós mesmos dentro dele.


Um sistema que permita que eu, e todos nós, tenhamos tempo para sermos criativos, para sermos humanos.


Que nos permita sonhar e ter orgulho do que fazemos, em vez de sermos máquinas de produtividade sem sentido.


Eu também sou parte fundamental desse movimento.


Legal Design é sobre pessoas antes de ser sobre ferramentas ou metodologias.


Se o Legal Design não considerar isso, não estará cumprindo sua missão.


É sobre empatia, sim. E essa empatia começa por nós mesmos.


Esse é o antídoto.


E se é sobre mim, também é sobre você.

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Ana Beatriz

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PERGUNTAS FREQUENTES

Fundamentos do Visual Law e Legal Design

  1. O que é Legal Design e Visual Law?
    Legal Design e Visual Law são metodologias que unem Direito, design e tecnologia para criar documentos jurídicos mais claros, visuais e acessíveis.

  2. Qual a diferença entre Legal Design e Visual Law?
    Enquanto o Legal Design foca na experiência do usuário ao interagir com soluções jurídicas, o Visual Law aplica elementos visuais para tornar documentos legais mais atraentes e compreensíveis.

  3. Como o Visual Law é aplicado em petições?
    No Visual Law, petições incluem gráficos, fluxogramas e elementos visuais que explicam argumentos de forma clara e estratégica, melhorando a comunicação com juízes e partes envolvidas. Você pode encontrar templates prontos no Legal Design Movement.

  4. Quais são os exemplos de Visual Law na prática?
    Contratos com ícones explicativos, petições com infográficos, manuais jurídicos interativos e apresentações visuais de cláusulas contratuais. Baixe modelos gratuitos no Legal Design Movement.

  5. Documentos em Visual Law são aceitos pelos tribunais?
    Sim, respeitendo os requisitos formais exigidos pelo tribunal e melhorem a comunicação do caso.

Ferramentas e Recursos para Visual Law

  1. Como criar petições em Visual Law no Word?
    Você pode usar ferramentas do Word, como gráficos, SmartArt e tabelas, para estruturar informações visuais. No Legal Design Movement, você encontra templates prontos para Word que facilitam o processo.

  2. Existe um kit ou pacote de Visual Law para iniciantes?
    Sim, no Legal Design Movement, oferecemos um conjunto completo de templates gratuitos em Word, Canva e PowerPoint.

  3. Quais são as melhores ferramentas para Visual Law?
    Além do Word, ferramentas como Canva, Figma e Adobe Illustrator são populares. No Legal Design Movement, há materiais gratuitos para iniciar o aprendizado.

  4. Como o Canva pode ser usado no Legal Design?
    O Canva é ideal para criar documentos visuais com facilidade. No Legal Design Movement, você pode baixar templates personalizáveis para começar.

  5. Posso criar documentos jurídicos visuais sem conhecimentos de design?
    Com ferramentas amigáveis e templates prontos disponíveis no Legal Design Movement, é possível criar documentos visuais eficazes, mesmo sem experiência.

Educação e Cursos

  1. Onde encontrar cursos de Legal Design e Visual Law?
    Além de instituições como Bits Academy e Future Law, o Legal Design Movement oferece recursos e materiais introdutórios.

  2. Existe algum curso gratuito de Legal Design?
    Sim, o Legal Design Movement oferece conteúdo gratuito, incluindo templates e guias práticos.

  3. Curso de Legal Design vale a pena?
    Sim, alguns cursos ensinam habilidades práticas que ajudam a melhorar a comunicação jurídica e aumentar a eficiência.

  4. Quais são os melhores cursos online de Visual Law?
    Future Law e Bits Academy são referências. No Legal Design Movement, você encontra materiais que complementam o aprendizado. Outros blogs, como Bernardo Azevedo são boas fontes de atualização.

  5. É possível aprender Legal Design sozinho?
    Sim, com recursos online, vídeos no YouTube e o suporte do Legal Design Movement, é possível começar a explorar o tema.

Casos e Aplicações Práticas

  1. Como o CNJ utiliza Visual Law em processos?
    O CNJ aplica Visual Law para simplificar dados estatísticos, apresentar relatórios e melhorar a transparência na comunicação com a sociedade.

  2. O Visual Law pode ser usado em processos administrativos?
    Sim, é amplamente utilizado por órgãos como a AGU para criar documentos acessíveis e claros.

  3. Quais são os principais documentos criados com Visual Law?
    Petições, contratos, manuais de compliance e relatórios jurídicos estão entre os documentos mais comuns. Veja exemplos no Legal Design Movement.

  4. Como o Visual Law ajuda advogados?
    O Visual Law melhora a comunicação, economiza tempo e torna documentos mais persuasivos e impactantes.

Inovação no Direito

  1. O que significa Visual Law?
    Visual Law é a aplicação de elementos visuais no Direito para tornar informações legais mais acessíveis e fáceis de entender.

  2. Por que Legal Design está em alta?
    Com a digitalização e o foco no usuário, o Legal Design se tornou uma ferramenta essencial para inovar e melhorar a eficiência no Direito.

  3. Como o Design Thinking é aplicado no contexto jurídico?
    O Design Thinking ajuda a criar soluções centradas no cliente, como contratos claros e processos simplificados.

  4. Quais são os desafios de implementar Visual Law?
    Os desafios incluem resistências culturais no setor jurídico, a necessidade de aprendizado de ferramentas e a adequação às normas formais.

  5. O Visual Law pode transformar o futuro do Direito?
    Sim, ele tem potencial para democratizar o acesso à justiça, melhorar a eficiência e aproximar os profissionais do Direito das necessidades da sociedade.

© 2021 por Ana Beatriz Cerqueira. Uberlândia/MG. 

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