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  • Foto do escritorAna Beatriz Araújo Cerqueira

Empatia é fundamental



A visual law que me perdoe, mas a empatia é fundamental.

A prática comercial acrítica e automatizada do legal design que também me perdoe, mas a teorização também é fundamental.

Gerar empatia não é fácil. Exige pesquisa, compreensão do contexto no qual o documento se insere, como se comporta, a quem importa, qual seu ciclo de vida, como impacta a quem impacta.

A simples geração de visualidade é interessante, porque já cumpre o incrível papel de movimentar o Direito e já quebra inúmeros estereótipos de comportamento, gerando um esforço por parecer melhor. A aparência importa. Mas não é suficiente. Repito: cumpre papel relevante, especialmente agora que inspira tanta novidade, mas não é suficiente.

Gerar um documento empático, amigável e verdadeiramente inovador - e não necessariamente mais tecnológico - vai além da inserção da visualidade. É sobre compreender aquele que o recebe, como se comunica e porque se comunica da forma como se comunica. É sobre gerar utilidade além da beleza, pensando de forma holística.

Nunca me esqueço de quando contei do legal design para a minha avó e ela me disse: "quero contratos com letras maiores".


É papel do legal design orientar sobre ODR, mediação e acessibilidade: pensar no documento em toda sua vida, em todos os seus dilemas, eventuais e futuros problemas.

É papel do legal designer entender de sociologia jurídica e preconceito linguístico: ler Paulo Freire, Marcos Bagno e Gnérre, entender da palavra e suas consequências, do direito e seus papeis.


Senão, é só aparência.

E a aparência importa. Mas não é suficiente.

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